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Tragédia na vida de Carolina Deslandes, de 30 anos

Tragédia na vida de Carolina Deslandes, de 30 anos

A cantora Carolina Deslandes recorreu ao seu Instagram, esta sexta-feira, para fazer uma reclamação, depois do que lhe aconteceu na quinta-feira, num concerto no Porto. A cantora estava na cidade e foi atuar no Hot Five, um clube de jazz no Porto, ao lado da amiga, e também cantora Irma. Carolina Deslandes diz que nunca reclamou de um serviço, nas suas redes sociais, em todos estes anos, e que até ponderou bem se devia ou não fazê-lo. Ainda assim, avançou com o seu intento e contou tudo, em vários stories no seu Instagram.

“Em 8/9 anos de Instagram nunca me queixei de um serviço, de ter sido mal tratada num concerto, nem nada, foi a primeira vez que isto me aconteceu.

Ontem fui cantar ao Hot Five, o clube de Jazz no Porto, na Boavista, com a Irma, a custo zero. Fui pela minha amiga.

Cheguei para fazer o ensaio de som, na sala de espetáculos, e pousei as coisas na minha cadeira. Fiz o ensaio de som e a seguir fomos maquilhadas e penteadas na casa de banho. Eu disse à Irma que não ia estar a levar as minhas coisas, ia deixá-las ali [na sala]. O clube estava fechado, ainda não tinham aberto portas e a casa de banho é para aí a 25 passos da sala. Não estava lá ninguém.

Sou maquilhada, penteada, as equipas regressam do jantar, eu e a Irma não fomos porque ficamos a preparar-nos para o concerto, e eu começo a pedir as minhas coisas”, disse Deslandes, momento em que percebeu que essas “coisas” tinham desaparecido, enquanto ela estava ali ao lado. O casaco, as sapatilhas e coisas da mala tinham desaparecido.

As cantoras questionaram o dono do espaço, que disse que tinha câmeras de segurança, mas não cedeu logo as imagens, de acordo com a cantora.

“Se tenho um artista que é assaltado dentro da minha casa e digo que tenho câmaras de segurança, o que é que faço: antes sequer de pôr alguém lá dentro, vou verificar as câmaras para perceber se foi um roubo ou o que aconteceu. Até porque tinha os meus cartões de multibanco lá dentro e tinha de saber se os tinhas de cancelar ou não.

Demorou quase duas horas a ir às câmaras de segurança quando vai percebe-se que foi um roubo. Alguém entrou pela porta do lado da sala que estava aberta – foi deixada aberta pela equipa da Irma, sim – mas têm de perceber que para alguém chegar àquela porta teve de trepar um portão de quatro metros que estava tapado por um carro e andar um corredor. Alguém deveria ter adivinhado que aquela porta poderia estar aberta e arriscar trepar um portão.

Tudo isto é profundamente rebuscado na minha opinião.

Quando vou ver o vídeo, vejo uma pessoa que entra com toda a calma dentro da sala, uma sala onde estavam guitarras caríssimas, onde estavam milhares de coisas, olha para um casaco, uma mala e uns ténis e leva-o com a maior das calmas.

Fico a pensar: uma pessoa que trepa um portão, que apanha uma brecha de porta aberta, quer roubar umas coisinhas? Vai estar com a calma de quem passeia num parque? Não me cheirou bem esta história, mas era o concerto da minha amiga e eu não o queria estragar”, continuou Carolina Deslandes.

Terminado o concerto, a cantora estava a relaxar de tudo o que aconteceu, com uns amigos, longe de desconfiar que a situação ainda iria piorar.

“O concerto acaba, estava com um grupo de quatro pessoas, fiquei lá a beber uns copos, a conversar, a comentar a minha frustração de ter sido assaltada. Pensei, esta história está mal contada. Amanhã vou à polícia e se acharem o mesmo vai investigar.

Cruzei-me com o dono da casa várias vezes e ele não me dirigiu uma palavra. As minhas coisas são roubadas dentro da casa dele e não há o mínimo de ‘Carolina, queria pedir-te desculpa, isto nunca aconteceu, foi um azar’, ou prontificar-se para chamar a polícia.

Chegamos à porta, eles entregam os cartões deles e eu não tinha cartão, porque eu estava lá desde a tarde, estive lá a cantar e ninguém me deu cartão. Pagamos a conta do cartão de consumo, que ainda foi uma conta fixe e ele está atrás da caixa a ver-nos a pagar a conta, a conversar sobre o sucedido.

Eis se não quando a funcionária, que estava ao lado dele quando pagamos a conta, vem a correr atrás de nós até ao fundo da rua. ‘Peço imensa desculpa mas vou ter de verificar se todos vocês me entregaram os cartões’. Ele mandou a miúda atrás de nós para ver se tínhamos pago tudo, se alguém tinha fugido. Isso por si só para mim já é ofensivo, agora, acabo de pagar a conta à tua frente, entrego os cartões à tua frente, não foi uma coisa de cinco minutos, estás-me a ouvir e mandas a tua funcionária atrás de mim ao fundo da rua depois de ter sido gamada aí dentro? De não me teres dirigido a palavra? De não teres chamado a polícia? Ainda estou a ser acusada de roubar, era o que me faltava. Aí mexeu com a minha sanidade mental”, disse, cada vez mais revoltada, a cantora que voltou atrás e se dirigiu ao dono do espaço, mais alterada:

“Isto que aconteceu aqui é inadmissível desde o momento um. Eu sou roubada, não chamas a polícia, não ajudas em nada, não dizes nada […]. Foste negligente. Este vídeo do assalto está muito mal contado. […] Não tens vergonha na cara?

Falei alto, estava nervosa com legitimidade, estava revoltada com a situação porque estava preparada para ir para casa. […] Berrei com o homem e ele em momento nenhum pediu desculpa. “Em 10 anos de carreira nunca me tinha acontecido uma coisa assim”.

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