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Jornalista da TVI em choque após ver homem morrer

Emanuel Monteiro, jornalista da TVI, assistiu a um evento trágico, na praia, e fez o relato nas redes sociais. Quando estava na praia, o comunicador da TVI viu o momento em que um homem passou mal e alertou, especificamente, para a má assistência que lhe terá sido prestada, com consequências fatais.

“Ontem, estava na Praia de Manta Rota. Um homem entrou em paragem cardiorrespiratória à nossa frente. Eram cerca das 13:15. Tantos os nadadores-salvadores como dois enfermeiros, entre eles o Rafael Nunes, iniciaram manobras de reanimação ao senhor, que tinha apenas 58 anos, mais novo que o meu pai e, se calhar, que o vosso.

O INEM foi logo chamado e devidamente informado sobre o que estava a acontecer. Ao longo de muitos minutos, muitos mesmo, os dois enfermeiros que, tal como eu, estão de férias, não desistiram daquela vida humana e não pararam, nem um segundo, de fazer massagens cardíacas. Ficaram, até, com queimaduras de abrasão nos joelhos e nas pernas a tentar salvar aquela pessoa. Mas o INEM só apareceu 40, sim leram bem, 40 minutos depois, e em vez de mandar um Viatura Médica de Emergência e Reanimação, com um médico e um enfermeiro, máquinas e medicação que salvam vidas, mandou apenas uma enfermeira e uma técnica de emergência, que mais nada fizeram além daquilo que já estava a ser feito.

O INEM veio depois alegar que não mandou uma VMER porque a única disponível estava a 45 minutos de distância e que, depois, fez uma segunda avaliação com a equipa do INEM, que entretanto chegou e que já não valia a pena, porque o senhor não estava a reverter. O INEM desvaloriza a ausência da VMER, dizendo que havia uma médica na praia que prestou assistência ao senhor. Falamos de uma médica que, tal como os enfermeiros, estava de férias, sem equipamento ou medicação para salvar vidas.

Era preciso muito mais, por isso, como era previsível, não foi possível salvar o senhor. O ESTADO falhou, porque deixou morrer um homem sem ter feito tudo o que podia para o salvar, neste caso ter mandado uma VMER de imediato, com um médico, um enfermeiro, medicação e máquinas de suporte avançado de vida.

No mês de agosto estão centenas de milhares de de turistas no Algarve, como sabe o INEM e Manuel Pizarro. Como assim uma VMER neste sítio do país, nesta altura do ano, pode estar a 45 minutos de distância de uma pessoa que está a morrer? E como assim não vai assistir alguém que precisa de ser reanimado? (…) Correm o risco de poderem morrer apenas porque os meios estão longe ou simplesmente porque não aparecem quando necessários.

Vivi cada segundo daquelas duas horas e aquilo que vi, tenho a certeza, foi de uma desumanidade enorme. O senhor morreu à minha frente sem a presença do INEM e de uma VMER”, descreveu Emanuel Monteiro, no Instagram, sobre a ineficácia do INEM.

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