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Morreu José Domingos

Morreu José Domingos, aos 66 anos. O antigo jornalista faleceu no Hospital de São Teotónio, em Viseu, onde tinha dado entrada, depois do seu quadro clínico se ter complicado. José Domingos estava doente há algum tempo, e vivia em casa de uma filha, em Viseu.

José Domingos foi jornalista na ANOP, desde 1978, tendo passado depois para a renovada Agência LUSA, de onde saiu em 2006, como um dos colaboradores mais antigos da casa. No conjunto das duas agências noticiosas portuguesas, trabalhou cerca de 28 anos. Atualmente, estava reformado e estava, então, doente.

Tinha duas filhas e quatro netos, e era um investigador empenhado na preservação da herança cultural dos judeus sefarditas. Usava o nome judaico de José Levy Domingos e, em 2015, foi agraciado com a “medalha de honra” do Conselho das Comunidades Sefarditas de Jerusalém. Essa foi a primeira vez que um português recebeu semelhante galardão, o que foi justificado, prontamente, pela organização israelita, a reconhecer o trabalho “que durante toda a vida José Levy Domingos” desenvolveu “em prol da preservação da herança judaica em Portugal, a aproximação social e cultural entre Portugal e Israel e o apoio aos descendentes de cristãos-novos perseguidos pela Inquisição e seu retorno ao seio do povo judeu”.

José Levy Domingos fundou a Associação de Amizade Portugal-Israel, na Guarda, foi cofundador do Museu Judaico de Belmonte (MJB), impulsionou a criação do Centro de Interpretação da Cultura Judaica Isaac Cardoso, em Trancoso, e coordenou o Gabinete Judaico do MJB.

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